Aqui são apenas traçados de rostos.
Linhas líquidas, inventadas pelo gesto.
Retratos?
eu não diria.
Copiar rosto já não faz mais sentido.
Prefiro tentar descobrir o som deles.
Descubro gargalhadas em linhas e sensações.
Em dentes ou covinhas.
Ouço também pupilas dilatadas.
E lágrimas percorrendo os sulcos da face.
Vejo gargantas urrando em sufoco.
Observo suspiros de fúrcula.
Vejo a carne em expressão.
Em preto e branco, não mais ou menos.
Na contradição.
Em altos e baixos ou degradês necessários.
Sem pose, com colarinhos engomados ou sorrisos embaraçados.
Não importa.
Não são retratos.
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